O quadro de saúde do menino é estável
Depois de seis dias internado na Santa Casa de Campo Grande, o menino de 4 anos que foi torturado pelos tios, durante rituais de magia negra, pode receber alta médica na próxima semana. Segundo a assessoria do hospital, o quadro de saúde da criança está evoluindo e ela pode deixar a unidade em sete dias.
No dia 23 de fevereiro, a criança deu entrada com várias queimaduras pelo corpo, uma fratura no braço que sarou em casa, um ferimento em um dos olhos e uma infecção no ouvido, por isso ele precisou passar por uma pequena cirurgia na orelha para retirada de líquido.
O tratamento continua, mas o menino está clinicamente estável, com evolução favorável do quadro de saúde e a previsão é que ele receba alta daqui uma semana. Ainda segundo a assessoria, a criança tem boa aceitação alimentar e bom relacionamento com a equipe que o assiste.
O menino continua isolado em uma ala do hospital acompanhado de uma cuidadora. Além disso, mais sete profissionais como cirurgião plástico, pediatra, fisioterapeuta, oftalmologista, otorrinolaringologista, psicólogo e assistente social fazem visitas diárias à criança.
O caso
A criança foi resgatada na noite de terça-feira (23) depois de uma visita de rotina do abrigo que constatou os machucados no menino, que tinha muitas lesões pelo corpo, nas costas, pescoço e teve a unha do dedão do pé arrancada, além de ter água quente derramada em sua cabeça.
O casal, de 31 e 46 anos, tios do menino tinham a guarda desde maio de 2015. O menino tem uma irmã, que ainda está no abrigo. Na residência que fica na região central de Campo Grande, foram encontrados dois celulares, R$ 402, pulseiras de miçangas, patuá e um boneco, que segundo informações eram usados em prática de magia negra.
A justificativa para tanta barbárie seria o diabo, como disse a tia. Segundo a autora, eles ouviam vozes, que eram do diabo, e por isso, praticavam as torturas. O caso foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro e deve ser repassado para a Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) para investigação.
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