Conforme delegado, a última visita dos conselheiros na casa do menino torturado aconteceu em outubro do ano passado
O delegado Paulo Sérgio Laureto, da DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), afirmou que a polícia vai investigar se houve negligência por parte do Conselho Tutelar, no caso do menino de 4 anos torturado pelo tio avô, sua esposa e um rapaz de 18 anos em rituais de magia negra na Capital.
De acordo com o delegado, a última visita dos conselheiros na residência onde a criança convivia com o casal aconteceu em outubro de 2015. "Extraoficialmente, a última visita, fiquei sabendo que foi em outubro, mas ainda preciso formalizar o depoimento para verificar", diz o delegado.
A polícia não descarta a possibilidade de indiciar os profissionais do Conselho Tutelar por omissão de socorro. "Assim como pais são indiciados por maus-tratos, também existe a possibilidade de indiciar o Conselho por omissão de socorro. Se for apurado que isso aconteceu, também podem responder", explica o delegado.
Contrariando as informações da delegada Priscila Anud , Paulo Sérgio destaca que não tem como precisar o tempo em que as torturas tiveram início, já que muitas marcas estão cicatrizadas no corpo da criança. Porém, o médico legista deverá avaliar as marcas no corpo do menino.
"Conforme o médico legista, existe lesões anteriores que não da para precisar a data. Geralmente quando está cicatrizado, pode ser quatro, cinco, nove meses. O médico legista vai apurar o caso. Com a posse dos laudos e depoimentos dos conselheiros, poderemos confrontar se houve negligência. O Menino tem braço torto de uma fratura que cicatrizou sozinha e isso será avaliado, junto com inquérito total", finaliza o delegado.
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