O presidente da CPI, Amarildo Cruz solicitou o indiciamento que não foi pedido pelo relator oficial
Os membros da famosa "Máfia do Câncer", formada por ex-diretores e funcionários do Hospital de Câncer Alfredo Abrão, em Campo Grande, passaram a ser réus após a decisão do juiz João Felipe Menezes Lopes, anexada à ação penal movida pelo MPF (Ministério Público Federal), como resultado das investigações da Operação Sangue Frio, da Polícia Federal.
Mas o que chama atenção é que a CPI da Saúde foi criada pela ALMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) em 2013, para apurar as irregularidades cometidas pela Máfia do Câncer, mas o indiciamento não dos médicos Adalberto Abrão Siufi e Issamir Farias Saffar, ex-diretores do HC; Luiz Felipe Terrazas Mendes e Blener Zan, respectivamente ex-diretor-presidente e ex-presidente da Fundação Carmen Prudente (mantenedora do Hospital do Câncer) e Betina Moraes Siufi Hilgert, filha de Adalberto e ex-administradora do hospital; e o técnico em radiologia Adalberto Chimenes, não foi indicado.
O deputado estadual Amarildo Cruz (PT), que presidiu a CPI, afirmou ao TopMídiaNews que elaborou um relatório paralelo com o pedido de indiciamento, mas o relator oficial da CPI, deputado estadual Junior Mochi do PMDB não fez o pedido.
Já o vice-relator, deputado Onevan de Matos (PSDB) disse que o pedido foi feito individualmente pelo deputado petista e não chegou até suas mãos. "O pedido foi individual do Amarildo Cruz, não foi solicitada a opinião dos membros, portanto, não chegamos a realizar essa discussão entre os membros, porque foi um pedido individual".
A denúncia criminal foi acatada pelo magistrado contra seis pessoas: os médicos Adalberto Abrão Siufi e Issamir Farias Saffar, ex-diretores do HC; Luiz Felipe Terrazas Mendes e Blener Zan, ex-diretor-presidente e ex-presidente da Fundação Carmen Prudente (mantenedora do Hospital do Câncer) e Betina Moraes Siufi Hilgert, filha de Adalberto e ex-administradora do hospital e por último o técnico em radiologia Adalberto Chimenes.
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