segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Depois de ir ao Gaeco dizer que foi obrigado a mentir sobre cassação, testemunha deixa Capital

O guarda municipal Fabiano Neves de Oliveira, pivô de um testemunho polêmico da Operação Coffee Break, está fora de Campo Grande desde última quarta-feira (17). A informação é do advogado de Fabiano, Diogo Godoy.
Fabiano deixou a Capital, segundo advogado, acompanhado da família, para “dar um tempo” depois que a testemunha esteve na terça-feira (16) na sede do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) para solicitar ao promotor responsável pela Coffee Break, Marcos Alex Vera de Oliveira, que o ouvisse novamente, pois ele deseja mudar depoimento que prestou em setembro de 2015.

De acordo com defesa, o áudio que traz diálogo entre Fabiano e o advogado Antonio Trindade, que seria ligado ao prefeito Alcides Bernal (PP), deve ser analisado, pois é prova que houve tentativa de manipular depoimento e fazer com que Fabiano mentisse. Na conversa, Trindade pede a Fabiano que diga ao Gaeco ter visto André chegar à chácara da irmã do ex-secretário Rodrigo Pimentel, onde haveria uma reunião política.O pedido, entretanto, não foi aceito pelo promotor, por isso Fabiano decidiu entregar depoimento com alterações por escrito. O advogado de Fabiano considerou 'injusta' a decisão do promotor do Gaeco, até porque, segundo a defesa, as informações que Fabiano deseja alterar de fato não envolvem Puccinelli, e “são cruciais” para o andamento da investigação.
Depoimento de 2015
No dia 16 de setembro de 2015, conforme o ex-motorista, declarou, em depoimento, os encontros entre Olarte e vereadores se intensificaram em dezembro de 2013, e a partir daí, segundo Fabiano, as reuniões passaram a ocorrer em residências de parlamentares e empresários. Em outras ocasiões, segundo Fabiano, Gilmar Olarte também participou de reunião na residência de João Amorim. No depoimento Fabiano afirma que ao deixar a reunião na casa de João Amorim, Gilmar Olarte teria saído  de lá  com um envelope  pardo tamanho A4, o qual tinha um “volume que aparentava ser dinheiro”. De acordo com Fabiano, nos dias que antecederam à votação da cassação do mandato de Bernal, Olarte participou de mais uma reunião na residência de João Amorim com outras pessoas, que não identificou.

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