terça-feira, 15 de março de 2016

Suspeito de matar adolescente em briga de bar alega legítima defesa

Bianca Bianchi

Hemetério de Jesus se apresentou à polícia na tarde desta terça-feira (Hemetério de Jesus se apresentou à polícia na tarde desta terça-feira (
Um homem de 58 anos é o suspeito de ter atirado contra Matheus Lopes da Silva, 17 anos, que morreu por volta de 6h30 do sábado (12) durante uma briga generalizada em bar localizado na avenida Manoel da Costa Lima, Vila Nova Bandeirantes, em Campo Grande. Hemetério de Jesus Serem, conhecido como "Gurizinho", se apresentou na tarde desta terça-feira (15) à Polícia Civil e confessou o crime.

Em depoimento, o homem contou que estava chegando para trabalhar no bar por volta das 6h20 quando viu um grupo de aproximadamente cinco jovens brigando na rua. Matheus, que estaria sendo perseguido pelos outros jovens, entrou no bar para se esconder.
Quando Hemetério solicitou que ele se retirasse, o jovem teria jogado uma bola de sinuca contra ele e, não acertando, teria pego uma garrafa de cerveja e partido para cima dele. Nesse momento, Hemetério pegou uma arma em sua pasta e atirou contra o rapaz, atingindo-o no tórax. O rapaz morreu no local.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, João Reis Belo, da 5ª Delegacia de Polícia da Capital, a arma utilizada no crime era do pai de Hemetério, que deixou como presente para o filho quando morreu. O suspeito disse que, após disparar contra Matheus, saiu correndo do local e pegou um táxi, mas, antes, jogou a pasta com a arma na rua. A arma não foi localizada.
Delegado João Reis Belo, responsável pelo caso (Foto: Bianca Bianchi)Delegado João Reis Belo, responsável pelo caso (Foto: Bianca Bianchi)
Em entrevista ao Campo Grande News, o suspeito disse que passou a carregar a arma depois que, em junho de 2015, foi agredido durante um assalto no bar. Hemetério é pedreiro, mas faz bico no bar aos finais de semana.
"Não quis matar ninguém, atirei para espantar a bagunça, só queria que aquela confusão acabasse", declarou Hemetério.
O homem não tem antecedentes criminais e será indiciado pelo crime de homicídio doloso, podendo pegar de 6 a 20 anos de reclusão.
Incêndio - O bar onde aconteceu a confusão foi incendiado no começo da noite de sábado. A Polícia Civil investiga se o incêndio foi criminoso e se tem ligação com o fato que aconteceu de manhã.Um comerciante da região afirma ter visto um homem jogando gasolina no bar e deixando um galão no local.
No momento em que as chamas começaram, por volta das 19h30, o bar estava fechado. O incêndio não fez vítimas e o prejuízo, segundo o dono do estabelecimento, Cláudio Pereira da Silva, 51, foi de R$ 3 mil.

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