Família teme por represálias
Um desentendimento familiar e a convivência desarmoniosa entre mãe e filha teria ocasionado as acusações de tortura contra a criança de 4 anos, pelos tios-avós do contra a avó do menino, segundo os filhos da mulher presa.
De acordo com relatos de dois irmãos, de 34 e 40 anos, da tia-avó do menino, toda a família seria evangélica e apenas a irmã teria seguido outra religião e a mãe não teria nenhum tipo de envolvimento nas torturas contra o menino.
“Nossa mãe não teria condições de vir para Campo Grande três vezes por semana para praticar este tipo de ritual como foi dito, primeiro por que não tem condições financeiras e nem de saúde”, fala um dos filhos da mulher.
Ainda de acordo com os irmãos, a tia-avó da criança chegou a expulsar a mãe de casa por causa de desentendimentos familiares. “Estamos revoltados com esta situação e envergonhados com esta atitude, já que minha mãe nunca se envolveu com práticas de magia negra”, fala.
Marcos Ivan, advogado da família diz contestar a forma como as investigações foram conduzidas pelo delegado Paulo Sérgio Lauretto, da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente). “A minha cliente foi acusada unicamente com base nos depoimentos dos envolvidos, sem uma única vela preta recolhida na casa dela”, explica.
Ainda de acordo com Marcos Ivan, o delegado teria procurado dar respostas rápidas para a sociedade, além de expor seus sentimentos durante o curso das investigações, “O delegado teria colocado a sociedade contra a minha cliente, sem chance de defesa”, diz.
O advogado afirmou que vai esperar a conclusão do inquérito policial e só depois terá condições de basear a defesa de sua cliente.
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