segunda-feira, 16 de maio de 2016

MS ganha seu Sérgio Moro e operações prometem ‘pegar pesado’ no Estado

Anote esse nome: Monique Marchioli Leite

Anote esse nome: Monique Marchioli Leite. Juíza federal em Mato Grosso do Sul, ela já começa a ganhar o apelido que promete assustar os políticos regionais: Sérgio Moro pantaneiro. Foi da caneta dela que saiu a prisão preventiva de oito dos 15 presos na segunda fase da Operação Lama Asfáltica. O endurecimento – mais do que legal e institucional – da magistrada já deixa a classe política sul-mato-grossense desesperada.

Segundo passo
A nossa Moro pode acabar com a farra regional, usando parte das mesmas armas do juiz paranaense: prisões preventivas e delações premiadas. Com as três filhas presas, por exemplo, João Amorim pode resolver falar, e ruir de vez com sistema corrupto instalado em Mato Grosso do Sul.

Alma lavada
Monique Leite lavou a alma do sul-mato-grossense, que esperava há tempos uma atitude prática – um recado mesmo – da Lama Asfáltica. Na primeira fase do processo, há dez meses, quase tudo foi por água abaixo com a decisão do juiz Dalton Igor Kita Conrado, de não prender os envolvidos. Agora, a opinião pública está cada dia mais do lado dos trabalhos da Polícia Federal e Ministério Público Federal.

Uma palavra     
Delação. Essa é a palavra que coloca terror em grande parte dos políticos regionais. A começar pelo grupo de André Puccinelli. O ex-governador é visto hoje como um gigante derrubado pelas operações, mas ainda não morto. O que pode mudar com supostas delações premiadas...

Missão
O lançamento oficial da Caravana da Saúde, principal ação tucana em Campo Grande, contou com a presença do prefeito Acides Bernal. Porém, a missão de deputados e cerimonial era uma só: tampar Bernal das fotos oficiais. Em diversos momentos, até a primeira-dama Fátima Azambuja chegou a se colocar, de maneira discreta, à frente de Bernal para escondê-lo de fotos oficiais do Estado.

Missão dois
Em outro momento, durante o lançamento de um programa destinado a proteção das mulheres, o cerimonial distribuiu para todos os presentes - menos Bernal - a propaganda do governo. À frente e posicionado ao lado do governador, sobrou para o cerimonial chamar às pressas o deputado Beto Pereira para ficar em frente ao prefeito. Como a estatura do deputado baixa diante de Bernal, sobrou a cabeça do prefeito na foto. 

Pensando na frente
O deputado Maurício Picarelli, em conversa com aliado, gostou da estrutura montada para a Caravana da Saúde. Porém, disparou a promessa: 'quando for presidente da ALMS vou fazer um maior'.

Polêmica na rede
A emotiva carta da filha de Delcídio do Amaral, falando da cassação do pai e das perseguições sofridas pela família, pode ser apenas uma estratégia. Em Brasília, não se fala em outra coisa: o texto foi redigido pelo assessor de imprensa do ex-senador, com objetivo de sensibilizar a opinião pública.

Facebook entrega: jovem matou a avó e saiu para comer sushi horas depois

Revoltados, internautas encheram a postagem com comentários indignados

Leandro Abreu
Jovem postou na rede social que estava em um restaurante japonês horas após ter matado a avó. (Foto: Facebook/Reprodução)Jovem postou na rede social que estava em um restaurante japonês horas após ter matado a avó. (Foto: Facebook/Reprodução)
Horas depois de ter matado a própria avó e escondido o corpo dela, Weikmam Agnaldo de Mattos Andrade da Silva, 21, foi comer sushi e ainda compartilhou o momento na rede social Facebook. O crime ocorreu na madrugada de sexta-feira (13) e, naquela noite, ele fez check-in no restaurante. Revoltados, muitos internautas acessaram a página pessoal do suspeito e lotaram a publicação com comentários indignados.

Segundo consta, o jovem asfixiou Madalena Mariano de Matos Silva, 59, e bateu a cabeça dela no chão até a morte. Em seguida, ele tentou limpar o local do crime e levou o corpo da vítima para uma estrada vicinal próxima do bairro Itamaracá.
O motivo do crime seria uma dívida de R$ 3,7 mil que o jovem possui. Ele tinha a ideia de vender os pertences da avó para arrecadar esse dinheiro.
Alguns dos comentários no Facebook do autor indagavam “como você pode fazer isso com a própria vó!”. Outro internauta também se mostrou indignado com o crime cometido pelo neto. “Como que pode, foi criado pela avó e faz uma atrocidade dessa”.
Estranhando o sumiço de Madalena, uma sobrinha foi até a delegacia ontem para registrar um boletim de ocorrência por desaparecimento desde sexta-feira. Ela explicou que a vítima não ficava fora de casa por muito tempo sem avisar, além de não dirigir o carro sozinha.
O jovem foi criado desde criança pela avó e morava com ela atualmente. Os vizinhos dizem não ter muito contato com Weikmam, mas desconfiavam de algumas ações do jovem. “Nunca conversei com ele, mas parecia mexer com coisa errada. Todos falam que ele usava droga”, comentou o bombista Gelson da Cunha, 45, vizinho da vítima.
O autor deve responder pelos crimes de latrocínio e ocultação de cadáver.

UPA LEBLON REGISTRA MAIS UM CASO DE AGRESSÃO A FUNCIONÁRIO



Viviane Oliveira

O funcionário foi agredido dentro da UPA Leblon após confusão durante exame de sangue. (Foto: arquivo/Fernando Antunes) O funcionário foi agredido dentro da UPA Leblon após confusão durante exame de sangue. (Foto: arquivo/Fernando Antunes)
Funcionário de 34 anos da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Leblon foi agredido a chutes e socos após confusão durante exame de sangue, por volta das 23h40 de ontem (16), em Campo Grande. Os suspeitos de agredir o servidor público foram identificados como Alexandre Brizola Alves, 32 anos, e Márcia Dionísio dos Reis, 31 anos.
De acordo com boletim de ocorrência, o técnico de enfermagem contou que foi fazer a coleta de sangue na filha de Márcia, quando a mulher informou que era profissional de saúde e por isso queria que ela mesma realizasse a coleta na filha.
O funcionário explicou que de acordo com normas internas, somente funcionários plantonistas podem realizar o procedimento. Márcia ficou irrita, mas mesmo assim o exame foi realizado e em seguida a mãe foi embora com a filha.
Depois de um tempo, Márcia retornou ao local junto com o esposo, Alexandre, que passou a agredir com chutes e socos o funcionário. Ele queria que o funcionário pedisse desculpas a mulher e se quisesse podia chamar a polícia.
Antes de ir embora, Alexandre ainda ameaçou o funcionário da UPA dizendo que voltaria no final do plantão para para pegá-lo e finalizar o serviço. O caso foi registrado como lesão corporal dolosa na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga.

sexta-feira, 6 de maio de 2016

HU suspende cirurgias por falta de material básico e medicamentos


Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, em Campo Grande. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, em Campo Grande. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
O Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, em Campo Grande, suspendeu as cirurgias eletivas e de urgências alegando dificuldades financeiras, falta de insumos e medicamentos. A informação é de que a suspensão é temporária, entretanto, não existe uma previsão para que a situação seja sanada.
O problema na unidade hospitalar estaria se arrastando há meses, sendo evidenciado nas últimas semanas. A falta de condições para manter o atendimento de tais procedimentos levou a gerência de atenção à saúde a deliberar pela suspensão.
Em ofício endereçado ao MPE (Ministério Público Estadual), CRMS (Conselho Regional de Medicina) e Central Estadual de Vagas, comunicando sobre a suspensão, a gerente de atenção à saúde, Ana Lúcia Lyrio de Oliveira, reitera que a decisão foi tomada por conta do desabastecimento de insumos e medicamentos, entretanto, sem detalhamento.
A direção do HU afirma que já está em contato com gestores de saúde e fornecedores para a reposição dos materiais e as cirurgias serão retomadas tão logo a situação seja resolvida.
Há tempos, o HU tem operado com dificuldades, o que ficou evidenciado ainda mais durante vistoria do Conselho Municipal de Saúde feita no fim de abril deste ano. Foi constatado que a unidade chega a funcionar 100% acima da capacidade no pronto-socorro e tem que fazer “milagre”.
Ainda conforme o Conselho Municipal de Saúde, falta de equipamentos simples impedem a abertura de 17 leitos numa ala da pediatria.
Com a falta de leitos, a “vaga zero” deixa de ser procedimento de exceção para virar regra. Nesta modalidade, entra o paciente grave que precisa ser internado mesmo sem a vaga.
Referência em áreas como a neurologia, infectologia e UTI neonatal, o Hospital Universitário tem capacidade para 195 leitos, 35 de CTI e 26 de pronto-socorro. Desde 2010 a unidade passa por reforma custeadas pelo Rehuf (Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais), mas não há previsão de ampliar o atendimento.
Por meio de portaria publicada dia 27 de abril, o Ministério da Saúde vai destinar R$ 4.126.936,84 para custeio do HU. O recurso é um extra, mas pouco diante da demanda para manter o hospital. A unidade tem custo de R$ 3,6 milhões por mês, sendo de R$ 1,8 milhão a R$ 2 milhões referentes ao contrato com o gestor pleno, no caso, a prefeitura de Campo Grande.

Estudante que mentiu sobre estupro pode pegar oito anos de prisão


Universitária de 19 anos foi indiciada por denunciação caluniosa após acusar o ex-namorado para esconder sexo com homem casado

Helio de Freitas, de Dourados
estudante universitária de 19 anos que inventou ter sido estuprada por um ex-namorado para esconder da família que tinha feito sexo com um homem casado, pode ser condenada à prisão pela mentira contada à polícia. O homem acusado pelo falso crime continua preso em Dourados, a 233 km de Campo Grande, onde o caso ocorreu, no dia 4 de abril.
Aluna do curso de letras da Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), ela foi indiciada por denunciação caluniosa.
O crime é previsto no artigo 339 do Código Penal – “Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente”. A pena é reclusão de dois a oito anos e multa.
Foi tudo mentira – A verdadeira história sobre o suposto estupro, que teria ocorrido na Cidade Universitária, onde Uems e UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) têm campus, foi revelada em entrevista coletiva ontem à tarde, na Polícia Civil, pela titular da Delegacia da Mulher na cidade, Paula Ribeiro dos Santos Oruê.
estudante praticou sexo com o homem casado no prédio da antiga biblioteca municipal, na Praça Antonio Alves Duarte, área central de Dourados, próximo ao terminal de transbordo, onde os universitários pegam o ônibus para chegar ao campus.
Como era virgem, a universitária apresentou sangramento e chegou em casa com as roupas sujas. O fato chamou a atenção da mãe, que quis saber o que tinha ocorrido. Como não podia contar a verdade, a estudante culpou o presidiário, com quem tinha se envolvido em 2014. A polícia acredita que ela tinha mágoa do ex-namorado, por isso o acusou.
Família critica exposição – A atual mulher do homem acusado injustamente e o irmão dele criticaram a prisão sem provas e a divulgação da identidade do presidiário. Segundo os familiares, ele começou a receber ameaça de morte até de universitários. Internos da penitenciária teriam mandado recado que estavam esperando a chegada dele na unidade, para matá-lo.
A pedido do defensor público que atua no caso, o homem foi mantido na 1ª Delegacia de Polícia, onde está preso por quebrar o regime semiaberto e pela denúncia de estupro.
“Estamos vivendo uma situação muito difícil. Eu temo pelos meus filhos, pois estou sofrendo ameaças na rua. As pessoas apontam o dedo pra gente. Ele já recebeu diversas ameaças, inclusive de morte. Toda a minha família está com medo”, disse a mulher do presidiário, que pediu para não ter seu nome divulgado.

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Policiais civis não atenderão ocorrências por 24 horas e podem iniciar greve

Oficiais voltam a atuar na sexta-feira

  • Os policiais se reúnem na frente da Depac Centro (Foto: Arlindo Florentino)
  • Às 8 horas dessa quinta-feira (5), teve início a paralisação dos policiais civis de Mato Grosso do Sul. O ato é uma forma de protesto ao governo e até 8 horas de sexta-feira (6) os policiais devem atuar apenas em casos emergenciais.
    Aproximadamente 3 mil policiais em todo o Estado aderiram à paralisação, conforme estimativa do diretor jurídico do Sinpol-MS (Sindicato dos Policiais Civis de MS), Max Dourado. Segundo ele, na paralisação feita pela categoria em 1º de abril, foram elaborados apenas 10 boletins de ocorrência, demonstrando sucesso durante o ato. “Acredito que dessa vez também obteremos sucesso”, afirma Max.

    Aderiram ao movimento escrivães, investigadores e agentes de polícia científica. Já os peritos forenses e papiloscopistas não aderiram à paralisação. Revindicação principal da categoria, o salário inicial de um policial civil é de R$ 3,4 mil, podendo chegar a R$ 7 mil por tempo de carreira e cargo. “Queremos que o governo cumpra a promessa de campanha, que é transformar o salário dos policiais civis do Estado em um dos 5 melhores do país”, diz Max.
    Conforme o sindicato, atualmente o salário dos oficiais de Mato Grosso do Sul está em 10º lugar no ranking nacional. “Desde 2005 é exigido curso superior para ingressar na Polícia Civil em concursos, mas recebemos salário de nível médio”, afirma Dourado. Os policiais ainda lembram que um salário mínimo na Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) para nível superior é de R$ 6 mil, o que, para eles, seria bom para a categoria também.
    Durante as 24 horas de paralisação serão atendidos apenas flagrantes, crimes de violência doméstica e outros crimes considerados de maior gravidade. Policiais civis se reúnem na frente da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro e uma via da Rua Padre João Crippa foi interditada.
    Segundo o sindicato, no sábado será realizada nova assembleia e, se decidido que a categoria entrará em greve, a partir da próxima quarta-feira os policiais paralisam totalmente as atividades.

    Pai tenta agredir criança de 7 anos e ameaça incendiar casa com mulher e filhos

    Vítima manifestou desejo de representar contra o marido

    Depois de chegar a casa embriagado, um homem, de 33 anos passou a quebrar os móveis da residência e ainda tentou agredir o filho, de 7 anos, mas foi impedido pela mulher, de 26 anos, na cidade de Ponta Porã distante 234 quilômetros de Campo Grande.
    De acordo com o boletim de ocorrência registrado, o autor teria chegado à residência embriagado por volta das 20 deste domingo (1º) quando começou uma discussão com a mulher e a quebrar todos os móveis da residência.
    A vítima afirmou que o marido começou a desferir palavrões, “Biscate, vagabunda, P”.  Depois de quebrar os móveis de casa, o autor tentou agredir o filho, de 7 anos momento em que a mulher interveio empurrando o marido.
    Com raiva, o autor teria dito que colocaria fogo na residência com a mulher e os filhos juntos. Com medo das ameaças, a mulher foi procurar ajuda na casa do irmão que mora perto de sua residência.

    Ao procurar a delegacia de polícia, a mulher afirmou que deseja representar criminalmente contra o autor e que não deseja mais conviver com o marido, com que está casada há 12 anos.

    Jovem é preso depois de perseguição policial ao atirar em frente ao CMO

    O flagrante ocorreu minutos depois de uma das cinco pessoas de um veículo Gol disparar contra o quartel


    Wellyngton da Silva Ferreira, de 24 anos, foi preso nesta madrugada (5), às 1h, após disparar com uma arma de fogo, na Avenida Duque de Caxias, em frente ao Comando Militar do Oeste (CMO), no Bairro Santo Antônio, em Campo Grande. O flagrante ocorreu depois de diligências pela região.

    Um indivíduo em um Gol de cor cinza teria efetuado os tiros em direção ao quartel.  Ao realizar buscas pelas redondezas, o carro suspeito foi encontrado no cruzamento das Ruas Nice com Felipe Santos, no Bairro Jardim Sayonara.

    Foram abordados pela polícia Thiago, Wellyngton, Raphael Nogueira, Eraldo e Thamara Arguelho. Foi localizado embaixo do banco do carona um revólver calibre ponto 38 da marca Taurus, oxidado, cabo de madeira, com quatro munições, sendo duas intactas e duas capsulas deflagradas.

    Rafael contou à polícia que o revólver era de Wellyngton e que todos ficaram sabendo que ele estava armado apenas no momento dos disparos. Rafael é quem conduzia o veículo, de sua propriedade, enquanto Welllyngton estava sentado no banco de trás, à direita e efetuou os dois disparos em direção ao CMO.

    “Desde o quartel que eu não atiro”, disse Wellyngton ao sacar a arma e disparar. Dois militares que estavam de sentinela na hora dos tiros confirmaram os fatos e já tinham comunicado o episódio à equipe policial. Diante dos fatos, foi dado voz de prisão, sendo que ele foi qualificado por disparo de arma de fogo em via pública e encaminhado à delegacia do centro.

    Todos foram ouvidos na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário  (Depac) do Centro, onde foi localizado um papelote de substância semelhante à cocaína com Wellyngton, durante revista pessoal

    Visitas em presídios serão mantidas e laudos comprovam superlotação na Máxima

    Diretor assegurou que as visitas serão mantidas


    Representantes da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) estiveram, nesta quarta-feira (4), na Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul, para tratar da greve dos agentes penitenciários, melhorias das condições de trabalho e da visita agendada para o Dia das Mães, no próximo domingo (8).

    O diretor-presidente da Agepen, Ailton Stropa, explicou que o princípio de motim ocorrido ontem (3), na PED (Penitenciária Estadual de Dourados), foi devido à visita do Dia das Mães. Stropa assegurou que as visitas serão mantidas e que a parceria entre a OAB, Agepen e Governo do Estado vai encontrar soluções para melhorar o sistema carcerário, diminuindo a tensão nos presídios.

    Os laudos da Vigilância Sanitária e o do Ministério do Trabalho comprovam a superlotação dos detentos no Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, a Máxima, no Jardim Noroeste em Campo Grande. 

    Conforme a assessoria do Sinsap (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de Mato Grosso do Sul), nos laudos estão comprovadas as condições insalubres em que o presídio se encontra, oferecendo risco tanto aos servidores quanto aos internos. O presídio funciona com 11 agentes penitenciários, que são plantonistas, quando o necessário seria 400, conforme determina a Organização Internacional e Nacional do Trabalho e o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, que prevê um agente para cada cinco presos.

    No relatório final ficou concluído que a estrutura não garante a integridade física e moral dos servidores e dos detentos. A estrutura ultrapassa três vezes a capacidade máxima de encarceramento no Presídio de Segurança Máxima. A unidade foi construída para receber 642 presos, mas está com 2.306 mil detentos. Mato Grosso do Sul tem 1.409 agentes penitenciários e a população carcerária do Estado é de 15.183 mil pessoas.

    terça-feira, 3 de maio de 2016

    Tia de Bernal se diz ofendida e pede demissão de creche da Capital

    Professora aposentada estava entre os contratos irregulares questionados pela justiça

    Alberto Dias
    Prefeito Alcides Bernal justificou esta manhã a contratação de sua tia. (Foto: Alberto Dias)Prefeito Alcides Bernal justificou esta manhã a contratação de sua tia. (Foto: Alberto Dias)
    Diante da polêmica envolvendo denúncia de nepotismo, a tia do prefeito Alcides Bernal (PP) pediu demissão do cargo de educadora que ocupava no Ceinf (Centro de Educação Infantil) do Flamingos, região oeste de Campo Grande. Ofendida, se disse “muito triste com a situação” e justificou seu desligamento alegando não admitir qualquer suspeita de ilegalidade nas atividades que desempenha junto ao Executivo Municipal.
    Professora aposentada com mais de 30 anos de experiência, Maria Nely Urbieta Bernal informou sua saída ao prefeito na manhã desta terça-feira (3), após denúncia de leitor que motivou reportagem publicada na tarde de ontem pelo Campo Grande News. Sua admissão constava entre os contratos irregulares da Prefeitura com a Omep e Seleta, questionados pela justiça e alvo de ação proposta pelo MPE (Ministério Público Estadual) que exige a demissão dos terceirizados.
    Questionado esta manhã sobre o caso, o prefeito afirmou não ver problema em ter a tia atuando em uma unidade de ensino do município, desde que desempenhe um bom trabalho. “Ela é séria e comprometida e desenvolve um excelente trabalho no Ceinf. Não é porque tem Bernal no nome que não pode trabalhar”, disse o prefeito, justificando o convite feito por ele para que sua parente trabalhasse na Educação do município.

    Entenda o caso - Ontem, um leitor enviou ao detalhes da contratação, afirmando que o nome da tia de Bernal consta na página 1064 do processo em tramitação na 1ª Vara dos Direitos Coletivos e que ela foi contratada em 7 de outubro de 2015, ocupando cargo administrativo, com salário de R$ 3 mil.

    Decisão judicial determina o desligamento progressivo de 4.300 contratados pelos convênios assinados pela Prefeitura com a Omep e a Seleta. Nos autos, o juiz David de Oliveira Gomes Filho, da 1ª Vara dos Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, pede ainda o detalhamento da lista com os nomes, lotação e salário dos 4.300 contratados pelos convênios assinados.

    Segundo o prefeito, 500 pessoas estão na lista de demissões e no caso dos contratos irregulares, em que funcionários fantasmas recebem sem trabalhar, incentiva a punição judicial.

    domingo, 1 de maio de 2016

    Dilma anuncia reajuste de 9% do Bolsa Família e correção de 5% do IR

     Aumento entrará em vigor ainda em 2016
    A presidenta Dilma Rousseff anunciou  neste domingo (1º), em ato promovido pela CUT (Central Única dos Trabalhadores), o reajuste de 9% para os beneficiários do Programa Bolsa Família - o aumento entrará em vigor ainda em 2016. Dilma Rousseff anunciou também correção de 5% da tabela do Imposto de Renda para o próximo ano; a contratação de, no mínimo, 25 mil moradias do Programa Minha Casa, Minha Vida e a extensão da licença-paternidade de cinco para 20 dias aos funcionários públicos federais.
    “Quero lembrar que essa proposta [de reajuste do programa Bolsa Família] não nasceu hoje. Elas estavam previstas quando enviamos o Orçamento em agosto de 2015 para o Congresso. Essa proposta foi aprovada pelo Congresso. Diante do quadro atual, tomamos medidas que garantam a receita para este ano e viabilizar tudo isso sem comprometer o cenário fiscal”, disse a presidenta Dilma, no evento em comemoração ao Dia do Trabalho, no Vale do Anhangabaú, na capital paulista. 
    O ato é promovido, em conjunto, pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e Intersindical. O lema este ano é Brasil: Democracia + Direito, contra o processo de impeachment da presidenta. Segundo a CUT, o ato reúne mais de 60 entidades que formam as frentes Brasil Popular e Povo sem Medo. As centrais sindicais realizam o ato "em defesa da democracia, contra o golpe e contra a retirada de direitos."
    Impeachment
    No discurso, Dilma reiterou que não cometeu crime de responsabilidade ao ter emitido decretos com crédito suplementares, fato apontado na denúncia que originou o processo de impeachment. Segundo Dilma, no governo de Fernando Henrique Cardoso foram editados 101 decretos desse tipo. “Para ele [Fernando Henrique Cardoso], não era nenhum golpe nas contas públicas. Para mim, é golpe nas contas públicas. Dois pesos e duas medidas. Eles não têm sobre o que me acusar, é constrangedor”, disse a presidenta.
    “Não tenho conta no exterior, jamais usei recurso público em causa própria, não recebi propina e nunca fui acusada de corrupção. Eles tiveram que inventar um crime”, disse, em referência ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que responde a processo no Conselho de Ética da Câmara acusado de ter mentido sobre contas no exterior e responde a processo por envolvimento no esquema de propina da Petrobras. 
    A presidenta chamou o processo de impeachment, que tramita no Senado, de golpe. “Não é um golpe com armas, tanques na rua, não é golpe militar que conhecemos no passado. Eles rasgaram a Constituição do país. Fazem isso porque há 15 meses eles perderam uma eleição direta”, disse. “Vou resistir e lutar até o fim”, acrescentou Dilma.
    Bolsa Família
    O governo adiou no início da tarde a entrevista coletiva de imprensa da ministra Tereza Campello para dar detalhes sobre a correção dos valores do Bolsa Família. Segundo nota do Palácio do Planalto, a entrevista será remarcada para data ainda não definida. Não foi divulgado motivo oficial para o adiamento. No entanto, segundo fonte do Palácio do Planalto, é estudada a edição de um decreto para só depois ocorrer o detalhamento do reajuste.
    Para este ano, o Bolsa Família tem R$ 28,11 bilhões. O montante é superior aos R$ 26,41 bilhões gastos em 2015. Durante as discussões do Orçamento deste ano, a Comissão Mista de Orçamento tentou cortar R$ 10 bilhões do Bolsa Família, alegando que o atendimento aos atuais beneficiários não seria prejudicado, mas o governo negociou para reverter a proposta.

    Duplo atentado terrorista com carro bomba mata 32 e fere 75 no Iraque


    714 iraquianos morreram vítimas de atentados em abril, diz ONU
    • Carros explodiram perto do meio dia com diferença de minutos (Nabil Al-Jurani/Associated Press)
    • Um duplo atentado com carro-bomba matou ao menos 32 pessoas e deixou outras 75 feridas na cidade de Samawah, no Iraque, em um momento em que o país está lutando com protestos e confrontos no Parlamento contra o atraso nas reformas prometidas, segundo informações da agência Estadão Conteúdo

      Segundo um policial, os dois veículos, que estavam estacionados, foram detonados com diferença de minutos perto do meio dia no horário local. O primeiro explodiu próximo a prédios do governo, enquanto o segundo foi detonado em um terminal de ônibus, cerca de 60 metros do local.
      Nenhum grupo reivindicou até o momento a responsabilidade pelo ataque, que tinham as marcas do grupo Estado Islâmico.
      Neste domingo (01), a (ONU) Organização das Nações Unidas disse que pelo menos 714 iraquianos foram mortos em abril por causa da atual violência. Deste total, 410 eram civis e o restante membros das forças de segurança. Entre os feridos estão 1.374 pessoas. O número é menor do que as mortes registradas em março, quando morreram 1.119 pessoas e 1.561 ficaram feridas.

      Alunas são punidas por relatar estupro em universidade mórmon dos EUA

      Brigham Young aplica sanções às estudantes por infringirem Código de Honra

      • Madi Barney diz que foi investigada pelo Código de Honra da Brigham Young University após denunciar seu estupro (Kim Raff/NY Times)
      • Nas últimas semanas, a estudante de 20 anos, Brooke, que quis se identificar apenas pelo sobrenome, buscou apoio de outros universitários e da imprensa após relatar que foi estuprada por um colega dentro de seu apartamento. A universidade, Brigham Young Univesity, anunciou que a investigaria por quebrar o Código de Honra da instituição.

        A Brigham Young é uma universidade de quase 30 mil estudantes, dirigida por mórmons, que conta com um Código de Honra que orienta aos alunos e professores para as “virtudes morais incluídas no evangelho de Cristo”. O código proíbe o sexo fora do casamento, consumo de bebidas e drogas, “homossexualidade, indecências e má conduta sexual”, além de barbas. Mulheres devem usar saias além do joelho.
        Brooke relatou, em reportagem do The New York Times, que teria sofrido sanções por conta do Código de Honra após relatar o estupro. Ela contou à universidade que havia usado um LSD naquela noite e que já tinha se encontrado e feito sexo com o seu estuprador em uma noite anterior.
        Uma carta enviada pelo reitor da universidade, quatro meses depois da denúncia, dizia: “você está sendo suspensa da Universidade Brigham Young por ter violado o Código de Honra, incluindo o uso continuado de drogas ilegais e sexo consensual, com efeito imediato”.
        A universidade disse que investigaria as denúncias de agressão sexual, mas que teria a obrigação de processar a má conduta da aluna de acordo com o Código de Honra. A repercussão do caso gerou diversos protestos na universidade. A reportagem ouviu outros casos de garotas que tiveram medo de relatarem estupros sofridos dentro do campus.
        Segundo peritos que avaliaram o caso, o medo de ser investigados ou suspensos por conta do Código de Honra, ou de perder uma bolsa, pode levar os estudantes a deixarem de relatar ataques sexuais à universidade, potencialmente permitindo que os agressores escapem à disciplina do campus.
        É o caso de Mardi Barney, 20 anos, também estudante da Brigham Young. Ela passou quatro dias esperando antes procurar a polícia de Provo e relatar que tinha sido estuprada fora do campus por um homem conhecido, que não era estudante. "Eu só me lembro de chorar e dizer ao policial que não podia falar mais porque a universidade me expulsaria", disse ao The New York Times.
        Não foi diferente. Barney foi convocada pela universidade a prestar informações sobre “outras supostas violações do Código de Honra”, depois que sua denúncia à polícia vazou. O advogado-geral da Brigham Young disse que ela poderia terminar o semestre, mas estaria impedida de se matricular em novos cursos “até que as questões do código de Honra fossem resolvidas”. Ela decidiu não voltar mais à universidade.
        O Departamento de Educação Federal dos Estados Unidos exige que as universidades garantam que suas políticas disciplinares não inibam os estudantes de relatar agressões sexuais. As políticas também devem lembrar aos estudantes que o uso de álcool ou drogas não é um convite à violência sexual, segundo o órgão.
        Muitas faculdades americanas têm "cláusulas de anistia" que protegem as vítimas que poderiam enfrentar problemas por infrações cometidas antes de eventual estupro, como ter consumido droga ou bebida em um dormitório.

        Guilherme de Pádua terá que pagar 500 salários mínimos a Glória Perez

        Autora de novela e Raul Gazolla ganharam processo contra ator

        Reprodução / TV GloboReprodução / TV Globo

        Glória Perez finalmente recebeu uma decisão favorável na Justiça envolvendo o caso do assassinato de sua filha, Daniella Perez, em 1992. De acordo com o jornal "O Dia", Guilherme de Pádua e Paula Thomaz terão que indenizar a autora de novelas e Raul Gazolla, viúvo da atriz, no valor de 500 salários mínimos cada (o equivalente a R$ 480 mil cada). O processo, que foi aberto em 1999, foi cumprido nesta sexta-feira (29).

        A ação foi julgada pela 7ª Câmara Cível do TJ/RJ, sob a relatoria do desembargador Paulo Gustavo Horta, que após averiguar o processo deu ganho de causa para Glória e Raul. Além da indenização por danos morais, Pádua e Paula deveriam arcar com o pagamento das despesas do sepultamento e funeral, no valor de cinco salários mínimos, além das custas processuais e honorários dos advogados. 
        A decisão foi publicada no Diário Oficial em maio de 2002, mas até outubro do mesmo ano nenhuma das partes havia recebido o valor, uma vez que nenhum dos réus possuíam bens a penhorar. O processo seguiu até 2005, quando Paula Thomaz entrou com uma ação de autoinsolvência alegando não possuir patrimônio para saldar a dívida. Ainda de acordo com a publicação, todos os débitos de Paula incidirão correção monetária.

        Relembre o caso

        Em 1992, Guilherme de Pádua viveu um par romântico com Daniella Perez na novela "De Corpo e Alma", escrita por Glória Perez. A atriz, à época com 22 anos, foi estrangulada e teve o corpo desfigurado por dezoito golpes de tesoura horas depois de abandonar as gravações no Projac. Pádua confessou o crime e foi condenado a dezenove anos de cadeia. Ao deixar a prisão em 1999, Pádua converteu-se à Igreja Batista.